Spin-offs de Game of Thrones que deveriam ir às telonas

São várias as histórias secundárias que George escreveu, e a HBO já está pensando em alguma forma de utilizá-las. Conheça-as:

A Rebelião de Robert

O ponto de partida da história presente de Game of Thrones são os eventos da rebelião através da qual Robert Baratheon tomou o poder e acabou com 300 anos de reinado Targaryen. Apesar de essenciais à história e muitas vezes diretamente ligados ao que acontece nos episódios mais recentes da série – como, por exemplo, a própria origem de Jon Snow levantada na sexta temporada, os eventos da rebelião nem sempre ficam muito esclarecidos e acaba sendo necessário ter um conhecimento além daquele fornecido pela série para compreender alguns nós e algumas relações. Por isso, um evento próprio para destrinchar este ponto-chave na história de Westeros pode acrescentar muito sem necessariamente depender de um conhecimento prévio do público.

A vantagem é justamente poder explorar versões mais novas de personagens já conhecidos, de Ned Stark a Tywin Lannister, e apresentar com mais propriedade Rhaegar Targaryen, Lyanna Stark, o Rei Louco, Brandon e Rickard Stark entre outros. Isso sem contar na oportunidade única que a série tem de criar um material quase próprio, já que a história da rebelião é nos livros apenas na enciclopédia O Mundo de Gelo e Fogo, e ainda assim não chega a ser uma narração descritiva, apenas um relato dos eventos em terceira pessoa.

O Cavaleiro dos Sete Reinos

As aventuras de Dunk e Egg são contos paralelos às Crônicas de Gelo e Fogo e lançados em um volume único intitulado, no Brasil, O Cavaleiro dos Sete Reinos. A história é ambientada 90 anos antes do livro 1 da saga, A Guerra dos Tronos, e narra as aventuras de um simples cavaleiro chamado Dunk e seu escudeiro Egg.

O próprio George R.R. Martin já declarou que daria todo o seu apoio a uma série derivada que trouxesse o atrapalhado Sor Duncan, o Alto como protagonista, mas este não é o único motivo para o material ser uma série em potencial. Atualmente, existem três contos publicados, e Martin não tem muita certeza sobre o que virá no futuro (ou quando vai dar continuidade) e essa flexibilidade abre precedentes para que a história de Dunk seja aprofundada em tela.

Os contos, embora situados neste universo rígido de Westeros, tem vários toques de humor e um personagem principal com quem é muito fácil de se identificar – e que tem uma ligação direta com Brienne de Tarth. Um prato cheio pronto para ser explorado.

Os Reis do Inverno

Antes de os Sete Reinos se tornarem uma coisa só (chamada Westeros), cada região era um reino próprio, governado pela família mais poderosa e tradicional. O norte sempre foi fiel aos Stark, e durante séculos eles foram os chamados Reis do Inverno. São ao todo 22 Reis do Inverno, de Brandon, o Construtor – fundador da Casa Stark, ao Rei Torrhen, que ficou conhecido como O Rei Que Ajoelhou – o último Rei, que cedeu durante a conquista de Aegon Targaryen a fim de evitar uma guerra e massacres promovidos pelos dragões.

Uma série totalmente dedicada aos Reis do Norte seria a oportunidade ideal para dar mais enfoque à família mais querida por grande parte dos fãs de Game of Thrones, e contar sua história de origem que vem desde os Primeiros Homens e mantém a fé aos deuses antigos, além de explicar por que a lealdade e as tradições são tão importantes para os Nortenhos.

A história de Valyria

Tão interessante quanto Os Reis do Inverno é uma possível série sobre as origens dos Targaryen antes de eles chegarem a Westeros. A ascenção e queda de Valyria, porém, é muito mais do que isso; é uma história complexa e cheia de segredos sobre famílias extremamente poderosas e sábias que foram dizimadas, e o mais interessante é que boa parte de toda essa história é desconhecida e foi pouco desbravada nas páginas escritas por Martin.

As Catorze Chamas de Valyria

Antiga capital de um grande império que já caiu em ruínas, Valyria era uma civilização bastante avançada militar e culturalmente, e origem da Casa Targaryen – esta que, curiosamente, era uma das famílias mais enfraquecidas antes de ser a única sobrevivente. O local é a origem dos dragões, e os valyrianos foram os criadores das técnicas de dominação das intrigantes criaturas.p

A poderosa civilização viu seu declínio em uma catástrofe ocorrida cem anos antes de a conquista de Westeros, em uma espécie de ‘mar de fumaça’ que permanece sem explicação, e fez com que o local, antes centro do mundo conhecido, se tornasse uma região “assombrada pelos demônios” e dominado pela ruína. Com mais perguntas do que respostas e rodeada de um tom mais sombrio do que Game of Thrones, uma série sobre Valyria tem o potencial de ser um rico apêndice com mais conteúdo sobre o complexo universo criado por George R.R. Martin.

A Conquista de Aegon

Aegon, Rhaenys e Visenya Targaryen, os Conquistadores dos Sete Reinos. (imagem feita por fãs)

A Conquista não é apenas uma passagem importante para a história de Westeros, e sim união dos sete reinos sob uma única coroa e um único regimento. Os 300 anos desde a chegada de Aegon e suas irmãs Rhaenys e Visenya por si só guardam inúmeras histórias ricas que poderiam facilmente ser adaptadas para as telas, da Dança dos Dragões à Guerra dos Reis das Nove Moedas entre diversas outras passagens interessantes, mas a chegada de Aegon, o Conquistador, justamente por ser a origem de toda a história ‘atual’, é talvez o centro nervoso da história.

Além disso, entre Aegon, o Conquistador e Aerys II Targaryen, são 300 anos. Imagina quantas temporadas a HBO não poderia fazer com base neste material? Com todos esses contos?

Mas como eu disse antes, eles já estão planejando uma segunda série que será baseada nesses contos extras, e se passará 90 anos antes da série atual.